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CRONOGRAMAS NA PAREDE


COMO FALAR DE CRONOGRAMA NA CONSTRUÇÃO CIVIL QUE É UMA DAS ATIVIDADES QUE PRATICAMENTE TÊM COMO CERTO QUE O CRONOGRAMA NÃO SERÁ CUMPRIDO?

Primeiro vamos começar pelas etapas que antecedem uma obra e os tipos de cronograma. É comum quando se está estudando a viabilidade de uma obra se fazer um cronograma mais macro para estimar a duração de uma obra. Este cronograma contém as principais tarefas e é mais estudado o seu caminho crítico. Ele permite estabelecer a ordem de grandeza de meses de duração, assim definindo se uma obra terá 24, 30 ou 36 meses, por exemplo.

Após o lançamento da obra e a equipe de construção definida, parte-se para um detalhamento do cronograma para refinar este prazo de execução. Nesta etapa o cronograma contém suas atividades mais detalhadas e fracionadas por locais, atividades, serviços ou andares. Este cronograma deve ser avaliado pela equipe de planejamento e com a equipe de produção para mais precisamente identificar os pontos críticos de projeto e verificar se estão bem representados nas atividades. Também é preciso aprimorar a duração das atividades e sua sequência executiva.

Interferências de logísticas, mobilização ou desmobilização de equipamento (cremalheiras, balancins, guindastes, gruas), elementos de segurança que impactem em atividades (bandejas por exemplo), plano de ataque de execução de fachada e detalhamento de áreas externas as edificações são analisadas neste momento. Isto permite que a obra consegui definir os seus ciclos e planos de ataque desde o início permitindo uma visão de longo prazo mais assertiva.

Os problemas mais comuns que encontramos em cronogramas nesta fase são:

  • as tarefas não estarem sequenciadas de forma correta;

  • não terem um detalhamento suficiente;

  • ou não estarem relacionadas.

Isto tira precisão do cronograma e pode ocasionar surpresas num futuro quando o cronograma for revisado e estas atividades abordadas.

A boa prática recomenda que “reaproveitemos” os cronogramas antigos de obras similares para que façamos os novos. Espera-se com isso:

  1. agilizar a definição de um cronograma mais detalhado

  2. que as atividades já estejam sequenciadas conforme a cultura da empresa.

  3. que atividades menos importantes não sejam esquecidas.

  4. a estrutura do cronograma seja parecida, facilitando o manuseio pelos interessados.

Vale ressaltar que não é porque utilizamos um cronograma antigo para servir de base para o novo que podemos admitir as durações de tarefas que naquele cronograma ocorreram. Por exemplo: 

Se na obra antiga um ciclo de estrutura levava 10 dias não quer dizer que isto deverá ocorrer na nova.

É preciso avaliar:

  1. As durações das tarefas ocorreram conforme planejado. Elas podem ter sido influenciadas por problemas climáticos, falta de mão de obra ou inexperiência.

  2. O sistema construtivo era o mesmo?

  3. O projeto tinha alguma peculiaridade que influenciava na duração?

  4. A logística é equivalente nas duas obras.

Somente após estas análises podemos adotar a melhor duração para cada tipo de atividade. Um bom cronograma passa pela análise atenta de quem o irá por em prática, mas isto não basta.

Tem que ser acompanhado constantemente, semanalmente de preferência, para que não se perca como referência e não seja mais um impresso bonito que fica pendurado na parede.

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